Terça-feira, 30 de Setembro de 2008
já foi livro de cabeceira

 


info: #Nokia 6630 #lente: 1.3 megapixel #4.5mm #1:3.2
Descrição: todas as lentes podem ser boas

publicado por Paulo Jerónimo às 12:49
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12 comentários:
De Paulo Jerónimo a 30 de Setembro de 2008 às 13:53
Tenho um "conhecido virtual" que defendia, aqui há tempos, após comprar um telemóvel munido de câmara fotográfica, mais ou menos isto:
Que qualquer máquina é boa para fotografar, desde que se lhe reconheçam as limitações e então lhe explorem ao máximo as suas potencialidades.

"Refiro-me ao JC Duarte"



E não podia a este propósito estar mais de acordo com ele.

Essa minha foto de hoje é uma tentativa de prova, que já tinha anteriormente, de que com um telemóvel e a ajudinha de um Corel Paint Shop Pro, entre tantos outros, também se conseguem milagres de luz... :-)

Mas indo ao que interessa, o photopost em concreto, e o livro que já foi de cabeceira. Eís os meus escritos a esse respeito à quando o terminei de ler:

_______
Domingo, 13 de Janeiro de 2008
pOR rIOS nUNCA dANTES nAVEGADOS

Foi ela que mo ofereceu.

"Então e tu leste o prefácio do livro ao menos, antes do escolheres" ?

Que caraças! Como consegue um homem ser cruel, ao fazer juízo de valor sobre a perspicácia ou acerto de quem o conhece como ninguém.

Fizera-lhe aquela observação após a leitura das primeiras páginas deste segundo romance de Miguel Sousa Tavares, à altura encontrando-me num estado capaz de largar um longo bocejo, com o tanto enrolar em discrições iniciais, num típico impulso macho de impaciência em despachar logo a coisa, desprezando os preliminares, e embrenhar-me conhecendo logo o enredo de "Rio das Flores", romance envolto em anunciados e acessos pontos de vista de uma era conturbada, quer dentro como fora de fronteiras.

Mas depressa teria de engolir em seco a triste observação que fizera pois não lhe passaria despercebido meu ávido interesse na leitura do que estava destinado a ser livro de mesa de cabeceira nas próximas semanas.

Curiosamente, seriam várias as vezes durante a leitura , em que o autor MST me apelaria aos mesmos "impulsos machos" , pois, para um "sem papas na língua" como ele, irrita quando o homem insiste em engonhar num "nem fode , nem sai de cima", em que teima aqui e ali entrar nos vários episódios relatados das (longas) 627 Paginas. Vale-lhe que, subtraída essa situação, serve e bem de penitencia, a categoria com que, para mim, escreve este romance que balança entre a ficção e a realidade histórica vivida no nosso pais durante os primeiros cerca de 30 anos de República Portuguesa , acrescentando ao cenário passagens por Espanha e Brasil, numa história fundamentada e de pesquisa.

É um estilo algo "esquisito" de escrever, o dele. Entre outras características, fá-lo ora de trás para a frente, ora de frente para trás. Nada de novo, se não mo fizesse no decorrer da mesma sequência, sem sair do mesmo acontecimento historiado.

Pois que fiquem as criticas literárias para os entendidos na matéria, e que as há em abundância por aí. Para mim, este contemporâneo da geração rasca, os também chamados filhos do 25 de Abril , este "Rio das Flores", foi um Rio nunca antes navegado, com tudo o que isso pode acarretar. Resta-me por isso olhar com apreço para a imagem que no inicio coloco, e para o significado que a mesma me reflecte . Foi registada no preciso momento em que deixou de ter a função ilustrada, a de cabeceira, e passou a ter a função de prateleira.

Alinhado em seu novo pouso, ali ficará a espera de ser puxado. A marca do separador, essa, na página 583 , #2, porque a quem teve o acerto de mo escolher, no acerto dessas palavras tenho de a rever.

________
texto originalmente publicado em http://geracaorasca.blogs.sapo.pt/10293.html


De Cláudia Oliveira a 1 de Outubro de 2008 às 08:45
Desta é que eu não estava à espera. Surpreendeste-me. Gostei.


De Paulo Jerónimo a 1 de Outubro de 2008 às 10:46
A sério? Ainda bem, folgo muito em saber!!
Então já sabes, aparece volta e meia. Brigado*


De Gaja a 1 de Outubro de 2008 às 10:50
Há pouco tempo falava sobre isso mesmo com um amigo. De facto chego à conclusão que basta carregar no botão da máquina porque a viagem segue depois.
Uma vez tirei uma foto com o zoom no máximo pois a distância assim o obrigou. Ficou boa, no entanto cheia de ruído. Então descobri que existe um programa capaz de eliminar o ruído nas fotos. E assim se resolveu um problema.
Ohhh...the simple pleasures of technology....

Gostei desta foto, com ou sem artimanhas...Who cares?

Bj da Gaja


De Paulo Jerónimo a 1 de Outubro de 2008 às 11:11
1 imagens / mil palavras. É isso, o essencial é capturar a imagem.
Se bem que o pensamento, nós sabemos, que muitas vezes está pré-concebido antes de disparar o obturador, a leitura, a descrição, a interpretação ou o que quisermos, vêm depois, por cada qual que olha.

Bgado pela visita e comentário.
*Bj* do Mr.


De Dragão Azul a 6 de Outubro de 2008 às 11:24
Eu vou ter mesmo que utilisar essa maxima é que fui convidado a tirar fotografias num baptisado... vai ser bonito vai, má hora em que mostrei a toda a gente o video que fiz qom fotos da minha filha o pessoal gostou e pimba e eu que me desnrasque.... vou ter que tirar umas 100 fotos para ver se ficam uma 10 ou 15 em condições.... onde é que eu me fui meter!!!!

Sempre gostei de tirar fotografias mas como amador, como brincadeira... como profissional, não , isso fica para os profissionais que é para isso que são pagos.

TRIAbraços

P:S - Como soube bem os 2-1 contra os largatos


De Paulo Jerónimo a 6 de Outubro de 2008 às 12:08
Soube! foi do melhor!

A fazer concorrência eim???!! mas já vi que ainda nem começaste e ja tas arrependido... é para mal desse teu pecado.


De Dragão Azul a 11 de Outubro de 2008 às 11:08
Concorremcia??? Eu, eu,.... nada disso carago.

Tenho 3 ou 4 amigos profissionais na area da fotografia, sempre que alguem me pede ajuda dou o telefone deles e foi o que eu fiz desta vez, só que desta vez, por motivos economico e finaceiros colocaram-me a trabalhar de borla (de borla não, o almoço, lanche e jantar é por conta da casa... eheheheh).

Fica descançado que se alguem quizer revelar as fotos o telefone de um dos 3 ou 4 vai tocar.

TRIabraços e bom fim de semana.


De Pedro a 22 de Outubro de 2008 às 10:28
Bom dia,

O PH-Neutro está em destaque esta manhã no SAPO, em http://blogs.sapo.pt e http://www.sapo.pt

Parabéns pelo blog e boa continuação!

Pedro


De Paulo Jerónimo a 22 de Outubro de 2008 às 11:35
Obrigado pelo incentivo Pedro.


De Pronuncia do Norte a 23 de Novembro de 2008 às 20:23
O prometido é devido.
Ao ler o teu post , fiquei a saber que apesar da parte descritiva o livro te agradou.
O MST escritor agrada-me, ao contrário do MST homem (muitas vezes parece-me arrogante querendo fazer-nos crer que ele é que é o dono e senhor absdoluto da verdade), mas não lhe nego nem a inteligência nem o bem escrever.
Em "O Rio das Flores" para além de ficares com uma panorâmica do que foi Portugal nos primeiros anos da República e do Estado Novo, também ficas com uma ideia do que se passou no Brasil, e na Europa. Além disso MST não faz só uma abordagem politica dessa época, faz também uma abordagem social e artística. Alguém disse que "a História se repete", ao lermos o "Rio das Flores" e os diálogos das suas personagens, compreendemos o que se passou naquela época , mas ao mesmo tempo, a mim pareceu-me tudo muito actual, especialmente a mentalidade que o autor retrata da sociedade portuguesa.
Foram 3 os livros do MST que eu já li: "Sul", uma crónica de viagens que foi uma surpresa muito agradável, tanto pela fotografia como pelos artigos (recomendo e ainda por cima parece que tu gostas de fotografia); "O Equador", para mim sem dúvida nenhuma o melhor livro do autor e este "Rio das Flores".
Em termos de escrita o homem não me tem desiludido, gosto de o ler.


De Paulo Jerónimo a 23 de Novembro de 2008 às 20:31
Então ja somos dois.
O Equador vou mais ou menos a meio.
Vamos ver se chego a mesma conclusão que tu no fim, sobre qual dos livros do MST é o melhor.

Obgdo pela troca de ideias.


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